No dia 16 de maio de 2022, durante um evento organizado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS), em São Paulo, Bolsonaro, aos berros, comparou o atual momento do País com o que antecedeu ao golpe militar de 1964, disse:
“Os que tentaram nos roubar em 64 tentam nos roubar agora. Lá atrás, pelas armas. Hoje, pelas canetas”.
Alguns podem até não gostar, não me importo, mas direi clara e permanentemente: Bolsonaro é um anormal que foi banalizado. Pode parecer sem risco, mas não se conhece os limites de sua insanidade.
Ao certo o que se conhece é sua estratégia de: assediar os militares com aumento de soldos, mordomias, farto orçamento, e “valorização” com oferta de cargos públicos “ad nutum”; aparelhamento das instituições; liberação de emendas parlamentares impositivas; oferta de cargos de primeiro, segundo e terceiro escalão do governo; concessões e subsídios; gastos públicos em concessões de aumentos aos servidores; liberação de mineração em terras protegidas; liberação de garimpo em terras indígenas; aumento do desmatamento; proibição de apurações de corrupção de correligionários e familiares; advocacia administrativa e utilização da Advocacia Geral da União como banca de advogados para uso privado; abuso dos meios de comunicação públicos para fins eleitorais; uso abusivo do cartão corporativo para fins de campanha eleitoral, Etc., quer mais motivos para não banalizar o anormal?
Esse animal está tão preso ao tempo da guerra fria e à queda do muro de Berlim quanto seu inimigo Lula, o ladrão. O Brasil e os brasileiros estão sofrendo com os males do presente, aliás, resultado inequívoco das políticas equivocadas promovidas por esses dois loucos: o Brasil despenca em queda livre em todos os fundamentos macro e micro econômicos. Estamos à beira de um precipício já experimentado por todos que tenham mais de 40 anos. As novas gerações não sabem como é a vida nesse lugar.
Bolsonaro e seus filhos sofrem de um mesmo mal: a esquizofrenia. Essa gente enxerga inimigos e conspirações em todos os lugares, em cada pessoa. Bolsonaro não titubeará.
Seduzidos, os militares não faltarão a um eventual chamado de seu benfeitor, aliás, coisa que já não tenham feito no passado.
Seduzidos, os ministros do STF e os magistrados dos outros tribunais, para não perderem seus fartos ganhos, não faltarão a um eventual chamado de seu benfeitor, aliás, não seria nenhuma novidade.
Seduzidos, os parlamentares brasileiros e os governadores não faltarão a um eventual chamado de seu benfeitor, aliás, um fato historicamente corriqueiro.
Seduzidos, parte do eleitorado não faltará a um eventual chamado de seu ídolo.
Se Lula está decrépito, incapaz, Bolsonaro não está diferente, está visivelmente fora de controle, e o pior, não há, por parte das instituições garantidoras do Estado de Direito, qualquer disposição para parar esse destrambelhado.
Então, se você me perguntar por onde andei, eu te direi… tentando acordar um ou outro cidadão brasileiro. Estou velho, mas ainda posso lutar. Não vou deixar que seja entregue novamente nosso país nas mãos de criminosos, não sem resistir.
Professor Lauro Fontes
Escritor e Analista Sociopolítico
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