Paulo Guedes na mira da Polícia Federal

Guedes é investigado na Operação Greenfield, da PF, por fraudes que chegam a R$ 1 bilhão em fundos como Previ, do Banco do Brasil, Funcef, da Caixa, a Petros, da Petrobras

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes

Em 2018 este caso já havia sido revelado e o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no O Globo, neste domingo (5), destaca que segue “em velocidade de cruzeiro”, a investigação sobre o Ministro da Economia Paulo Guedes, por fraudar fundos de pensão estatais.

Um dos focos de ação prioritários da operação Greenfield, que desvendou prejuízos bilionários nos maiores fundos de pensão do Brasil, diz o jornalista.

Durante a campanha eleitoral, ainda em 2018, o Ministério Público Federal (MPF), divulgou a investigação, onde há suspeitas de que Guedes se associou a executivos poderosos para praticar fraudes nos fundos de pensão estatais.

Ao captar, pelo informado, 1 bilhão dessas entidades durante seis anos, ele passou a ser investigado por uma suposta emissão e negociação de títulos sem lastros ou garantias ao negociar, obter e investir recursos de sete fundos.

Na investigação, estão relacionadas várias entidades, entre elas: Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios), além do BNDESPar —braço de investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

As transações foram feitas a partir de 2009. Para o MPF, há “relevantes indícios de que, entre fevereiro de 2009 e junho de 2013, diretores/gestores dos fundos de pensão e da sociedade por ações BNDESPar” se consorciaram “com o empresário Paulo Roberto Nunes Guedes, controlador do Grupo HSM”.

A intenção seria a de cometer “crimes de gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras e emissão e negociação de títulos imobiliários sem lastros ou garantias”.

Tornou-se, então, alvo de investigação da Polícia Federal em novembro do mesmo ano e também são alvo do Tribunal de Contas da União.

Ainda assim, Guedes levou parte dos investigados para o Ministério da Economia. Em janeiro deste ano, Esteves Colnago, denunciado pela Procuradoria da República no Distrito Federal por participação no rombo de R$ 5,5 bilhões nos principais fundos de pensão do país, foi promovido por Guedes a chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia.

Colnago foi, então, denunciado por “gestão temerária” pela Operação Greenfield, da Polícia Federal.

O “super ministro”, também apelidado de “posto Ipiranga”, o único nome forte que sobrou, depois da saída de Sérgio Moro e Henrique Mandetta, que davam um suporte de credibilidade a Bolsonaro, pode ser alvo de mais um escândalo, no governo que se entrega ao “centrão”, para evitar o impeachment ou ordem de afastamento, por estar envolvido em tantos casos nada benéficos à permanência de um presidente que tornou-se mal visto e sem qualquer crédito na comunidade mundial, agravado pela sua negação à pandemia e péssima gestão no que se relaciona ao assunto.

Da redação OEB
Fontes: O Globo, coluna Lauro Jardim, relatórios do Ministério Público Federal