Pastor que chamou Bolsonaro de frouxo agora é organizador de “motociata” e recebeu 16 parcelas do auxílio emergencial

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O pastor Jarkson Vilar, que já chamou o presidente de canalha, frouxo, traidor… agora é o organizador da “motociata” a favor de Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo, recebeu 16 parcelas do auxílio emergencial do governo federal de abril de 2020 a outubro de 2021.

O Auxilio Emergencial só deveria ser concedido a trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados, enquanto o pastor Jarkson Vilar é empresário e já concorreu ao cargo de deputado federal pelo Pros (Partido Republicano da Ordem Social) em São Paulo.

A farra com o dinheiro público

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, o gasto do governo com o reforço do policiamento por causa da manifestaçãorealizada na Sexta Feira Santa (15 de abril), foi de aproximadamente R$ 1 milhão, valor pago pelo contribuinte e usado para a clara campanha antecipada. Portanto, são duas infrações graves passíveis de punição.

Em setembro de 2021, o pastor Vilar publicou um vídeo em que dizia que “não acredita mais” no presidente depois que ele pediu aos caminhoneiros que interrompessem a paralisação em curso. Na ocasião, chamou Bolsonaro de “frouxo covarde”.

O deboche

Neste 17 de abril, Vilar publicou um vídeo nas redes sociais, demonstrando total confiança na impunidade, respondeu com gargalhadas e exaltou o presidente:
“Recebi. Qual que é o problema receber? Eu estava desempregado. Nem loja eu tinha na época. E graças ao auxílio emergencial eu abri uma loja. Valeu, Bolsonaro. Valeu, Paulo Guedes. Obrigado”.

A declaração em vídeo foi acompanhada por gargalhadas de amigos.

O governo Bolsonaro revela, quase que diariamente, escândalos de corrupção e irregularidades, envolvendo pastores, ministros e apoiadores candidatos do PL, partido que tem o atual presidente como pré-candidato à reeleição, mantendo uma campanha antecipada. Campanha ilegal que afronta as Leis, desafia as instituições democraticas, destacando-se o Supremo Tribunal Federal e voltou a colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas, sempre sem apresentar qualquer prova.

Da Redação O Estado Brasileiro
Fonte: G1/Poder 360/ Folha de São Paulo e Estadão