Ministro Marco Aurélio é ironizado dentro do STF por seu ato "governista"

O ato do ministro Marco Aurélio Melo virou motivo de revolta para muitos e de chacota dentro do próprio STF.
Sua atitude “governista” deverá ser anulada depois que efetivar a contestação de Eduardo Cunha.
Será então discutido entre todos os membros do Supremo Tribunal Federa

Gilmar ironiza Marco Aurélio: ‘Não conhecia impeachment de vice-presidente’

Ministro comentou decisão tomada pelo colega, que determinou que a Câmara dos Deputados analise o pedido de impeachment de Michel Temer

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira que nunca ouviu falar da possibilidade de impeachment de um vice-presidente da República. Em conversa com jornalistas antes da sessão da Segunda Turma do STF, Mendes disse também que a Câmara dos Deputados poderá recorrer à Corte para questionar a decisão do ministro Marco Aurélio, que determinou a abertura de processo de impedimento do vice-presidente Michel Temer.

Ministro Gilmar Mendes:

“Eu também não conhecia impeachment de vice-presidente. É tudo novo para mim. Mas o ministro Marco Aurélio está sempre nos ensinando”, ironizou.

LEIA TAMBÉM:
Instituições aparelhadas x impeachment – Essa guerra envolve e faz STF agir a favor do governo

Marco Aurélio aceitou liminar, em mandado de segurança, impetrada pelo advogado Mariel Márley Marra, de Minas Gerais, que entrou com o mesmo pedido na Câmara dos Deputados, mas foi rejeitado pelo presidente, Eduardo Cunha. A decisão do ministro foi confirmada hoje.

Em manifestação enviada ontem ao Supremo, a mesa diretora da Câmara dos Deputados diz que não aceita intervenção do Judiciário nas atividades da Casa. A mesa justificou a decisão de Cunha, que negou seguimento ao pedido de abertura de processo de impeachment contra Temer. Para a Câmara, além de tratar-se de um pedido genérico, o vice-presidente não pode responder por crime de responsabilidade, porque assume eventualmente a Presidência da República. Assim como a presidente Dilma Rousseff, Temer é acusado de assinar decretos sem previsão orçamentária. Ambos afirmam que não houve irregularidade nos decretos.

(Com Agência Brasil)