A situação se agrava em todos os seguimentos
As siderúrgicas não são exceção, diante da situação caótica em que a economia, totalmente desgovernada, só vislumbra o fundo do poço, caso a sociedade civil e as instituições não continuem unidas, no sentido de inverter este panorama através de uma forte mudança no quadro político nacional.
O prejuízo líquido atribuível aos controladores da Usiminas terminou o quarto trimestre em R$ 1,36 bilhão, informou a siderúrgica nesta quinta-feira em seu balanço.
A cifra é mais de nove vezes maior em relação às perdas registradas no mesmo período do ano anterior e significa piora de 31,8% sobre o resultado negativo do terceiro trimestre.
Grande parte do prejuízo, contudo, refere-se à baixa contábil realizada pelo grupo nos segmentos de mineração e siderurgia, de R$ 1,6 bilhão. Não fosse essa decisão de realizar o “impairment”, a companhia teria, na verdade, lucro de R$ 217,3 milhões no trimestre.
No acumulado de 2015, a Usiminas apurou prejuízo líquido atribuível a controladores de R$ 3,24 bilhões.
A Usiminas não divulgou sua alavancagem ao fim de 2015, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda. Mas esse cálculo resultaria em patamar de 20 vezes — no fim de setembro, a alavancagem era de 6,8 vezes. As cláusulas de teto de endividamento assinadas com credores foram estouradas novamente, mas a companhia conseguiu o perdão dos investidores.
A preocupação dos analistas e investidores é a situação de liquidez da siderúrgica mineira. Isso porque, só neste ano, a empresa tem vencimentos em R$ 1,92 bilhão, sendo mais R$ 1,83 bilhão a pagar em 2017. O endividamento de curto prazo (12 meses) representa 95% do caixa.
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