Popularidade em queda faz Bolsonaro entregar o Brasil ainda mais ao domínio do Centrão, jogando dinheiro dos contribuintes no ralo, não se importando com os verdadeiros desafios que o país enfrenta.
O presidente anuncia a volta da Pasta do Trabalho, numa desesperada abertura de vagas para abrigar apoiadores, vergando-se ainda mais ao Centrão, alegando “critério técnico” numa reforma ministerial vergonhosa e entreguista.
Em meio ao desespero, traz o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas, assumindo a Casa Civil, traindo, mais uma vez, aquele falso discurso de campanha, onde nada, absolutamente nada, foi cumprido.
A CPI do Covid está provocando mudanças que não mudam sua queda, trazendo à tona fatos que desgastam a já tão desgastada imagem do falso combatente da corrupção.
Na mudança de articulação política do Palácio do Planalto, será desmembrado o Ministério da Economia.
O Centrão, finalmente, entra no núcleo duro do governo, invadindo o Planalto, O general Luiz Eduardo Ramos deixará a Casa Civil e passará para a Secretaria-Geral da Presidência, que atualmente é ocupada por Onyx Lorenzoni.
Onyx, o nômade das pastas, será deslocado para o Ministério do Trabalho e Emprego, pasta que será recriada, desmembrada do Ministério da Economia.
Ciro é presidente do principal partido do Centrão – o Progressistas – mesmo partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL) e do líder do governo na casa, Ricardo Barros.
Chamada por Bolsonaro de “pequena reforma”, esta deverá ser anunciada na próxima segunda-feira.
No falso discurso eleitoral de enxugamento da máquina pública, Bolsonaro também anunciava uma Esplanada com apenas 15 ministérios. Com a pasta do Trabalho, ele terá 24, nove a mais do que o prometido.
Acuado pela CPI da Covid, o presidente contempla o Senado Federal, na expectativa de de aprovar as indicações de Mendonça para uma vaga no Supremo e a recondução de Augusto Aras como procurador-geral da República.
Ele havia relançado o ministério das Comunicações para nomear o deputado Fábio Faria (PSD-RN), que está pronto para ir para o Progressistas e também despacha no Planalto, ao lado de Flávia Arruda (PL) na Secretaria de Governo.
O senador Ciro Nogueira, hoje titular da CPI da Covid, após a nomeação, deixa a vaga no Senado para sua mãe, Eliane Nogueira.
Onyx tem muitos desafetos no Centrão e não são poucos os que dizem que ele tem exposto o governo a situações vexatórias. Em março, por exemplo, o ministro disse que lockdown não funciona para frear a disseminação da covid-19 porque insetos podem transportar o vírus. Diante desta fala insana, foi desmentido em seguida por especialistas.
O general Ramos, por sua vez, vem sendo apontado por governistas como o ministro que deu informações erradas ao presidente sobre a votação do fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, na semana passada, fazendo com que Bolsonaro acusasse o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), de “atropelar o regimento” na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A caminhada para o abismo, sem bússola, faz do governo e seus integrantes, motivo de piadas. Escolhidos e liderados por Bolsonaro, não poderia ser diferente.
Da Redação O Estado Brasileiro
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