Temer não vai interferir na Lava Jato e descarta nomes contrários à operação
Sabedor de que ministros do governo Dilma serão presos, após a perda do foro privilegiado e que o PT jura vingança e declara abertamente boicote ao novo governo, o vice presidente toma uma importante posição.
Temer e seus assessores ainda buscam um nome para o Ministério da Justiça. Procuram um jurista consagrado, mas que não tenha antipatia pela Lava Jato.
O ainda vice presidente está em contato com as instituições que agem e dão suporte a limpeza que ocorre atualmente, buscando não esquecer daquelas que garantem a segurança e soberania.
Ele tem uma difícil tarefa de reconstrução e correção dos rumos da Nação. Enfrentará oposição às ações impopulares que terá de implantar e não pode cometer nenhum erro, já que tem abertamente a ameaça do PT de que estarão boicotando qualquer ato do “governo ilegítimo”, como insistem em qualificar.
O vice-presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira (27) a ÉPOCA que o ministro da Justiça no cada vez mais provável governo do PMDB “não se imiscuirá” na Lava Jato ou no trabalho da Polícia Federal. Temer ainda não definiu um nome para o cargo, mas já descartou o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, seu amigo há décadas. Mariz já se manifestou contrariamente à Lava Jato.
Disse Temer: “Não posso, não devo e não irei interferir na Lava Jato, caso venha a ser provisoriamente presidente da República. Mesmo que pudesse interferir, jamais o faria. Como constitucionalista, tenho plena ciência dos meus deveres institucionais”. O vice foi além: “Qualquer que seja o ministro da Justiça, será alguém comprometido com o bom andamento da Lava Jato e com a autonomia da Polícia Federal. Essa será a diretriz do nosso governo”.
O vice-presidente, que foi citado na proposta de delação do empreiteiro José Antunes Sobrinho, se disse tranquilo quanto às investigações. Elogiou os procuradores e delegados que tocam a Lava Jato. “A Lava Jato é uma coisa muito boa para o Brasil. Já disse e repito. É preciso que as investigações prossigam com total tranquilidade”.
Temer e seus assessores ainda buscam um nome para o Ministério da Justiça. Procuram um jurista consagrado, mas que não tenha antipatia pela Lava Jato – ou seja, uma tarefa difícil.
da Redação OEB
com conteúdo Época
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