STF recebe o Plano Nacional de Imunização sem datas, sem rumo, sem insumos, sem vacina…

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Governo entrega plano extremamente vago de vacinação ao Supremo Tribunal Federal, sem datas.

E a vacina???
Oras a vacina…
Que tomem cloroquina!

Piadinha do dia

O Governo Federal entrega ao STF um plano sem planos e cheio de elucubrações, com itens que, sabemos, não serão cumpridos, enquanto Bolsonaro estiver à frente de tudo.

Além disso, o plano não prevê o cumprimento da meta mínima, citada no próprio plano e causa críticas dos especialistas que afirmam ser algo improvisado, e muito improvisado, que não apresenta as reais soluções, provando que, na verdade, o governo e o Ministério da Saúde não tem um plano.

Apenas como exemplo, destaco o seguinte, disposto na página 48 do referido plano:

População geral – manter a população informada sobre a importância e segurança da vacinação, mesmo antes da vacina começar a ser ofertada. Esclarecer sobre o fortalecimento da vigilância dos eventos adversos pósvacinação, a fim de manter a tranquilidade no processo.
Profissionais de Saúde – informação sobre a vacinação e mobilização destes profissionais para sua importância no processo, protegendo a integridade do sistema de saúde e a infraestrutura para continuidade dos serviços essenciais.

E mais…

Redes Sociais do MS e parceiros– manter toda a população informada, respondendo as fake news e mensagens.

Os itens abordam informações. Sabe-se que o Brasil ficou órfão de qualquer informação, obrigando os órgãos de imprensa a criar o Consórcio de Veículos de Imprensa para que pudessem levantar os verdadeiros dados da pandemia sem distorções e manipulações.

Fala em esclarecimentos sobre a importância da vacinação. Sabe-se que ela é desdenhada, a partir do chefe de Estado que deveria pregar tal prática, enquanto afirma abertamente que não o fará.

Fala em manter a população informada respondendo as fake news, enquanto os seguidores/apoiadores do governo as fabricam em larga escala, pregando “o perigo das vacinas” e a não necessidade das mesmas, sendo apoiado pelo seu porta-voz, o próprio mandatário.

As declarações e discursos do presidente serão passíveis de punição e desmentidos por parte do Ministério da Saúde?

Ali, tudo são possibilidades e todas muito vagas, enquanto o Governo do Estado de São Paulo apresentou, em apenas uma coletiva, datas com dias e horário, toda logística detalhada, além dos grupos e fases a serem cumpridas, mostrando que dispõe de todos os recursos de estoque, produção e insumos já disponíveis. Colocando, ainda, a possibilidade e garantia de outros Estados e Municípios requisitarem a vacina, como ocorreu com a manifestação de inúmeros municípios de todo o território nacional.

Nas 96 páginas do referido plano, causa espanto o número de páginas que relacionam os nomes dos colaboradores, responsáveis… para a elaboração de tão “profundo e complexo” trabalho.

O plano é mais um discurso apenas. E um longo, muito longo discurso vazio.

Sem compras, insumos, intenções… todos abandonados desde o início da pandemia tão negada, especialistas e analistas não acreditam que dali saiam soluções. As soluções que a população espera e tanto necessita.

As redes sociais indicam uma grande confiança no Governador de São Paulo, João Doria, de forma clara. Muito perceptível, sem necessidade de levantamentos estatísticos, como a pessoa que fez o que o presidente, sua equipe e ministérios juntos não fizeram.

A falta de credibilidade do governo Federal se consolida, pasmem, através de seu representante maior na afirmação de que a pandemia está no “finalzinho”, enquanto os números, medidas responsáveis de gestores públicos, a falta de leitos de UTIs e as notícias de todo o mundo provam exatamente o contrário.

O desmentido recente do “confisco de vacinas” não tranquilizou a população, por saberem que o governo só retroagiu devido a péssima repercussão do fato.

Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal terá que se contentar com o tal plano apresentado, como cumprimento de uma determinação do mesmo.

E a vacina?
Oras a vacina…
Que tomem cloroquina.

Celso B. Rabelo
Articulista e comunicador