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Após a Confederação dos Trabalhadores em Saúde contestar as orientações do governo, as informações poderão ser usadas por Celso de Mello para embasar decisão.
O ministro interino da Saúde tem 5 dias de prazo para explicar as orientações para uso da cloroquina e da hidroxicloroquina contra o novo coronavirus. Essa é a decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, relator de uma ação da CNTS – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde.
A CNTS, assim como cientistas de todo o mundo, contesta as orientações que constam no protocolo de 20 de maio, emitido pelo Ministério da Saúde, que libera o uso da cloroquina e hidroxicloroquina até mesmo para casos leves de Covid-19.
O processo da CNTS pede à Corte que se determine, em decisão liminar:
- que o governo não tome decisões que contrariem as orientações científicas, técnicas e sanitárias das autoridades nacionais e internacionais – Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde;
- que as autoridades do governo federal se abstenham de recomendar o uso de cloroquina e/ou hidroxicolroquina para pacientes acometidos de Covid-19 em qualquer estágio da doença, suspendendo qualquer contrato de fornecimento desses medicamentos;
- que o governo pare de divulgar ou retire da internet e redes sociais orientações ou recomendações de cloroquina e/ou hidroxicolroquina para pacientes com Covid-19 em qualquer estágio da doença;
- que o governo publique, na página do Ministério da Saúde e no perfil da Secretaria de Comunicação em uma rede social, a seguinte frase: “As evidências científicas mais recentes comprovam que a cloroquina e hidroxicloroquina não têm qualquer efeito no tratamento de pessoas com COVID19 e ainda podem piorar os efeitos da doença, aumento a taxa de mortalidade”.
O difícil, neste caso, será Eduardo Pazuello, que não é especialista da área de saúde, fundamentar as orientações que, na verdade, vieram por ordem de Jair Bolsonaro, outro que não pertence a área.
Todos envolvidos nas decisões governamentais, já foram duramente criticados e alertados por especialistas do mundo todo, destacando-se a OMS, que por várias vezes citou o Brasil como o país que vai na contramão da ciência,
Fonte: G1
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