Putin perde a guerra para o mundo

O preço médio do gás nos EUA atingiu US$ 4,17 por galão. O presidente ucraniano tem mantido conversas com o Parlamento britânico por teleconferência, assim como mantém com os principais líderes mundiais.

Putin, por sua vez, como um autêntico psicopata, bombardeou um hospital pediátrico na cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, nesta quarta-feira, 9. Ao menos menos 17 pessoas ficaram feridas, segundo o governo ucraniano.  Notícias dão conta que uma mulher, em trabalho de parto, saiu ferida.

A loucura de Putin ultrapassa qualquer limite e as sanções aumentam e sufocam, ainda mais, a Rússia que não se sabe como ficará depois dessa guerra insana.
Quando chegará o dia em que a potência pedirá clemência?
E a Ucrânia continua sendo covardemente massacrada…

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, tuitou fotos do ataque aéreo na quarta-feira na maternidade de Mariupol e disse que pessoas e crianças estavam enterradas sob os destroços. A Associated Press mostrou várias pessoas feridas no local do ataque ao hospital.

A cidade distribuiu água engarrafada para mulheres e crianças. Os suprimentos de leite artificial acabaram, com cerca de 3.000 bebês não alimentados. As famílias estão dormindo em porões gelados. Alguns moradores podem carregar telefones celulares em geradores da prefeitura. Mas para a maioria, o contato com o mundo exterior parou.

Zelenskiy renovou seu apelo – até agora negado pela Otan – para uma zona de exclusão aérea imediata sobre os céus da Ucrânia. O mundo estava “perdendo sua humanidade”, escreveu ele.

O Papa Francisco fez duras críticas ao ataque absurdo. A ONU também se manifestou, com duras críticas e a Casa Branca denunciou o “uso bárbaro da força” contra civis. “É terrível ver o uso bárbaro da força militar contra civis inocentes em um país soberano”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em entrevista coletiva. O ataque ocorreu em meio a esperança de retiradas em massa de civis de várias cidades ucranianas sitiadas, incluindo Mariupol, que está sem comida, água e energia há dias e que começou a enterrar corpos em uma vala comum porque seus necrotérios estão cheios, lembrando que foi registrada a morte de uma criança por desidratação. A população derrete neve para ter o que beber.

A Rússia fracassou no que considerava ser rápido e decisivo nesta guerra, não prevendo tanta resistência e apoio de tantos países e o presidente Biden elevou as apostas econômicas para Moscou, ao proibir a importação de petróleo e gás natural russos para os Estados Unidos.

“Há poucas coisas mais depravadas do que visar os vulneráveis e indefesos”, tuitou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, acrescentando que o presidente russo, Vladimir Putin, será responsabilizado “por seus crimes terríveis”.

Biden anunciou uma escalada de penalidades econômicas nunca vista na história, que fatalmente terá consequências internas e internacionais.

Executivos ocidentais da Exxon Mobil, BP, Shell e outras empresas denunciou o violento ataque de Moscou na Ucrânia e prometeu retirar suas empresas dos empreendimentos russos e a turbulência para o setor de energia da Rússia está apenas começando. Uniu-se a essa debandada a Coca Cola, MacDonald e inúmeros outros.

A indústria petrolífera russa passará por uma profunda reformulação sobre como faz negócios nas próximas semanas, meses e até anos. Esse doloroso acerto de contas virá porque o petróleo e o gás russos de repente se tornaram tóxicos para muitos compradores.

Na terça-feira, o presidente Biden anunciou a proibição das importações de petróleo russo para os Estados Unidos, e isso irá penalizar ainda mais a Rússia. A Shell , a maior empresa petrolífera da Europa, disse que deixará de comprar petróleo e gás do país e “retira-se de seu envolvimento em todos os hidrocarbonetos russos”.

Segundo o New York Times, a questão que a indústria russa enfrenta imediatamente é se deve desacelerar a produção. A Rússia vem produzindo cerca de 10% do suprimento mundial de petróleo.

“Não há razão para produzir mais petróleo se você não pode vendê-lo”, disse Tatiana Mitrova, especialista na indústria russa e pesquisadora do Columbia Center on Global Energy Studies.

As empresas russas estarão, desesperadamente, buscando novos compradores na Ásia e em outras regiões onde a indignação com a Ucrânia é menor, porém, é preciso esperar até que ponto essa invasão injustificada afetará as tentativas de sobrevivência econômica russa.

Os novos controles de exportação, que foram emitidos em coordenação com a União Europeia, Austrália, Japão, Coreia do Sul e outros aliados, são projetados para conter o fluxo de tecnologias avançadas para a Rússia para degradar as forças armadas russas e certos setores estratégicos que ajudam o presidente Vladimir Putin manter o controle da Rússia.

Enquanto isso, a auto sansão cresce vertiginosamente. McDonald’s, Coca-Cola e Starbucks estão entre os que suspenderam as operações na Rússia, e a Pepsico está suspendendo as vendas de refrigerantes e muitos outros seguem o crescente e acelerado abandono à Rússia.

A série de sansões, geradas no mundo inteiro, tende se transformar numa atitude normal e frequente, de forma que a “russofobia econômica” trará consequências que não se pode calcular o tempo de sua duração, como que uma criação da cultura de se evitar a Rússia para tudo.

Da Redação de O Estado Brasileiro
Fontes: NYT e mídias internacionais

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