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– Brasil supera as 200 mil mortes, dados oficiais sem computar 50% das subnotificações avaliadas por especialistas.
– Governador de São Paulo, João Doria, anuncia em rede nacional a eficácia da CoronaVac, que chega a 100% em casos graves e médios.
– Ministro da Saúde Eduardo Pazuello corre para falar do PNI (Plano Nacional de Imunização), também em rede nacional.
– Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski dá 5 dias para Pazuello explicar estoque de insumos necessários à vacinação contra Covid-19, atendendo uma alegação, ao STF, do partido Rede Sustentabilidade.
Tudo isso em um só dia.
Pazuello afirmou, na coletiva de imprensa, que havia assinado um contrato com o Instituto Butantan, garantindo as vacinas CoronaVac produzidas pelo Instituto.
Em seguida, o governador Doria, a convite da Globo News, afirmou que não havia nenhum contrato firmado. Informou que tal contrato apenas foi enviado e que nenhuma das partes tinham assinado.
Em seguida, o Ministério da Saúde correu com os trâmites para que o tal contrato fosse assinado e firmado.
O Ministro da Saúde não deixou de zombar da imprensa e afirmar que os jornalistas não podem interpretar a situação. Que não admite interpretações, pois o público leitor não lhes dá este direito e que a mídia trabalha na desinformação.
O governo desinformante, que através de um gabinete dedicado exclusivamente a fake news (conforme já provado nas investigações), inverte os fatos, mais uma vez e agora quer ditar/retirar da imprensa um papel que ela cumpre a séculos.
Pazuello também afirmou que há 5 meses já havia informado ao Instituto Butantan, a intenção de compra, o que também não é verdade.
Em 20 de outubro, quando apresentou o protocolo de intenção, ou seja, ha apenas 3 meses, foi desautorizado pelo presidente Bolsonaro, que mandou “rasgar” o documento, afirmando que “jamais iria comprar a vacina chinesa”.
Também mostrou a “preocupação” do Ministério da Saúde, “que nunca se omitiu” diante da pandemia.
É público e notório a inanição de todo o governo com relação a vacinas ou qualquer outro assunto de interesse, relacionado à pandemia.
O Ministro da Saúde concedeu uma entrevista sem perguntas. Foi um monólogo, onde ele se perguntava e respondia, desculpando-se, no final, por não poder responder qualquer pergunta da imprensa, por ter outros compromissos, retirando-se, sem ser questionado em absolutamente nada.
O Governo Federal só se mexe quando o adversário político “número um”, apresenta qualquer boa notícia de interesse da anciosa população que espera vacinas, seja de onde vier.
Pazuello também apresentou várias argumentações que nada informa e com relação a datas, continuou afirmando três faixas, espaços entre datas, sem firmar nenhuma.
O Brasil dispõe de apenas uma vacina em território nacional – CoronaVac – que terá seu pedido à Anvisa, para uso emergencial, ainda nesta semana.
Não deixou de ser uma excelente notícia a apresentação dos dados que a população queria saber – eficácia, apresentação do pedido à Anvisa e estoque já disponível.
A pasta da Saúde fala em centenas de milhões de vacinas, ainda sem data, sem vacina e sem insumos, que deverão ser comprovados ao STF em 5 dias.
Enquanto o Governo do Estado de São Paulo realizou 24 pregões para compra de insumos, nos últimos meses, o governo Federal realizou apenas um, com total fracasso nos resultados.
A decisão do ministro Lewandowski foi tomada após o partido Rede Sustentabilidade alegar ao Supremo que o governo federal, “além de não ter iniciado a vacinação, está lançando obstáculos ao adequado emprego das vacinas que devem ser adquiridas”.
“Esses obstáculos se materializam na possível ausência de insumos como seringas e
agulhas”, afirma a legenda.
“Chega a ser contraditório que o governo federal tenha zerado o imposto de importação de seringas e agulhas e proíba a exportação de seringas e agulhas, mas deixe de adquirir a tempo e a contento os citados insumos para iniciar a vacinação da população brasileira”, sustenta o partido.
Caso não seja provado estoques suficientes dos insumos, a Rede quer que o Supremo obrigue o governo a apresentar, em 48 horas, o planejamento de novas aquisições de seringas e agulhas para o cumprimento das primeiras fases do plano.
Da Redação O Estado Brasileiro
Edição: Celso B. Rabelo
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