O casal confessa US$4,5 para campanha de Dilma Rousseff e que mentiram quando foram presos

A espera da data final do impeachment causa ansiedade na população, nos opositores do PT e nos procuradores, juízes e Polícia Federal – Todos aguardam o fim do foro privilegiado que impede a presidente afastada de ser acusada, investigada e presa nas mesmas condições de seu chefe e mandante do ex-governo.

Não foi preciso investigação para ter todas as provas que levarão o casal de meliantes para a prisão. O próprio Janot declarou isso há muitas semanas atrás.

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João Santana e Mônica Moura

O casal confessou recebimento de US$4,5 milhões referentes a campanha eleitoral de Dilma e 2010, desmentindo o depoimento de fevereiro, quando foram presos, apresentando, agora, a versão real.

O Juiz Herói Sérgio Moro

O Juiz Herói Sérgio Moro

A empresária Mônica Regina Cunha Moura, mulher e sócia do publicitário João Santana –

marqueteiro das campanhas de Lula e Dilma, entre 2006 e 2014 -, disse ao juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, que está disposta a colaborar com a Justiça, mas só o fará com “acordo assinado”.

Monica e João foram interrogados na tarde desta quinta-feira, 21, na ação penal em que são acusados de recebimento de propinas do esquema montado na Petrobras, e confessaram que, ao serem presos em fevereiro pela Polícia Federal, mentiram no inquérito.

A Moro, o casal esclareceu que US$ 4,5 milhões recebidos por meio do doleiro e operador de propinas Zwi Scornicki era dinheiro da campanha eleitoral de Dilma Roussef, em 2010.

Segundo Mônica, os valores eram relativos a “dívidas da campanha presidencial de 2010 (Dilma) e Zwi lhe foi indicado pelo então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto”. Mas negou que soubesse que o dinheiro tinha origem em propinas do esquema Petrobras.

Contudo, não quis responder sobre os depósitos e pagamentos da Odebrecht que fazem parte de outra ação penal – referente ao Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, conhecido como “Divisão de Propinas”.

“Excelência, sobre isso prefiro falar no outro processo. Como eu disse estou disposta a falar, a colaborar com a Justiça, inclusive mediante acordo com a Justiça. Pretendo falar tudo sobre isso, não quero me furtar a falar nada, nenhuma informação, mas no outro processo.”

Mônica Moura foi categórica ao dizer na audiência que o caixa dois é uma prática corriqueira nas campanhas eleitorais. “Caixa dois nunca deixou de haver.”

Ela disse que Vaccari avisou que Zwi Scornicki iria ter que parcelar o pagamento relativo à dívida de campanha de 2010.

Ao final da audiência, ela desabafou. “Nunca soubemos de Mensalão, de propinas na Petrobras. Somos publicitários, nunca recebi propina, sempre recebi pelo meu trabalho. Não sou agente público, não sou política, não sou empreiteira. Sempre trabalhei para partidos políticos, fazendo campanha.”

da Redação OEB
Agência REUTERS e EXAME