Novo governo e Petrobras já capta US$ 6,75 Bilhões no mercado internacional

A retomada econômica dá seus primeiros sinais apenas com a mudança de governo

A Petrobras conseguiu captar ontem seis bilhões, 750 milhões de dólares no mercado internacional. Com o dinheiro, a estatal pretende refinanciar seus compromissos. É a primeira operação de venda de bônus no exterior de uma empresa do Brasil em quase um ano.

Expectativa da Petrobras é gerar fluxo de caixa operacional suficiente para cobrir os investimentos e garantir seu acesso aos mercados de capitais

A Petrobras lançou nesta terça-feira 6,75 bilhões de dólares em títulos de dívida com vencimento de cinco e dez anos. Essa foi a primeira emissão da companhia em um ano.

A estatal irá levantar 5 bilhões de dólares com a venda do bônus de cinco anos, que terá rendimento de 8,62%, e 1,75 bilhão de dólares com o título de dez anos, com rendimento de 9%.

A agência de classificação de risco Fitch atribuiu o rating ‘BB’ à proposta de emissão de bônus globais da Petrobras. As notas serão emitidas por meio de sua subsidiária integral, a Petrobras Global Finance (PGF), e serão garantidas incondicional e irrevogavelmente pela estatal. A agência de classificação de risco Moody’s atribuiu rating B3 à emissão.

Segundo a Fitch, os ratings da Petrobras continuam refletindo seu estreito vínculo com o rating soberano do Brasil, devido ao controle da companhia pelo governo federal e a sua importância estratégica para o país. Para a agência, na ausência de suporte implícito e explícito do governo, os indicadores de crédito da Petrobras não seriam compatíveis com o rating atribuído à companhia. Em 31 de março, a petroleira reportou dívida financeira total de 126,4 bilhões de dólares.

A geração de fluxo de caixa da Petrobras deverá continuar pressionada devido à desvalorização do real e à queda dos preços do petróleo, mesmo com o recente aumento dos preços e a redução dos investimentos, avalia a Fitch. A expectativa é de que a companhia gere fluxo de caixa operacional suficiente para cobrir os investimentos e garanta seu acesso aos mercados de capitais, a fim de honrar os próximos vencimentos de dívida, por meio de refinanciamentos.

da Redação OEB
com Agência Reuters