Encontro ocorreu de forma virtual e tratou das comunidades remanescentes de quilombo na região de Adrianópolis
No dia 15 de julho, o Ministério Público Federal se reuniu com outras autoridades do estado para discutir a contenção da contaminação da covid-19 nas comunidades remanescentes de quilombo na região de Adrianópolis (PR).
De forma virtual, estiveram presentes, além do MPF, representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado do Paraná, do Conselho Estadual de Povos Indígenas, de Comunidades Tradicionais do Paraná, da Comunidade Quilombola de Córrego do Franco e Córrego das Moças e autoridades municipais locais – incluindo médicos e enfermeiros.
A enfermeira do município de Adrianópolis presente no evento esclareceu que diversas localidades têm sido atingidas pela pandemia e que há fluxo de atendimento de pacientes sintomáticos e assintomáticos. Durante o encontro, as autoridades fizeram diversos tipos de questionamentos, que foram respondidos pelos elaboradores do Plano de Contingência do município.
Entre outras considerações, a procuradora regional dos Direitos do Cidadão, Indira Bolsoni Pinheiro, sugeriu contato com o Ministério Público do Trabalho para envio de recomendação para que as empresas da cidade mantenham os profissionais de comunidades tradicionais afastados do trabalho presencial, sem prejuízo salarial, encaminhamento apoiado pelos presentes. Tal ação já aconteceu em outro momento, com o afastamento remunerado de trabalhadores indígenas em frigoríficos no interior do Paraná.
Outros encaminhamentos foram propostos, como criação de barreiras sanitárias e divulgações com carro de som com as orientações de prevenção. Ao fim da reunião, o prefeito de Adrianópolis também se comprometeu em verificar a viabilidade e eficiência da desinfecção dos territórios em questão e execução se possível.
Indira destaca a relevância desses encontros regionais: “é importante ouvirmos os moradores das diversas localidades do Paraná e atentarmo-nos para as comunidades tradicionais, que possuem modo de vida que deve ser respeitado e preservado”.
Fonte: Ministério Público Federal