O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), apresentou nesta segunda-feira (22) uma queixa-crime contra Renan Sena, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No documento apresentado à Justiça, Ibaneis disse que Sena injuriou e difamou o chefe do Executivo local em um vídeo que circula nas redes sociais.
Nas imagens, gravadas no dia 14 de junho, Sena diz que Ibaneis é “bandido”. O apoiador também diz viver em “uma ditadura comunista” e que foi forçado pelo governador a sair da Esplanada e que, se não cumprisse a ordem, seria atingido por “balas de borracha” e “spray de pimenta”.
Sena se refere ao decreto do governador do DF que fechou o acesso à Esplanada dos Ministérios. A medida foi tomada, segundo Ibaneis, por “risco de agravos à saúde pública e para evitar atos antidemocráticos e inconstitucionais”.
No vídeo, Sena também faz ataques contra os presidentes da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além do presidente do STF, Dias Toffoli.
A defesa do governador disse que Sena “injuriou e difamou funcionário público em razão de suas funções”. Os advogados pedem que a pena seja agravada porque as ofensas viralizaram na internet.
“Ocorre que a irresignação política de um indivíduo não justifica a propagação de ofensas de qualquer sorte, especialmente quando se está em jogo um bem maior, como é a incolumidade pública”, diz a defesa do governador.
A Justiça do DF aceitou, na quinta-feira (18), o pedido da Polícia Civil para ter acesso ao celular de Renan Silva Sena. No domingo (14), o engenheiro eletricista e ex-funcionário do Ministério dos Direitos Humanos foi detido por injúria e difamação – liberado após assinar um termo de comparecimento em juízo -, depois de divulgar um vídeo com ofensas aos presidentes da Câmara e do Senado Federal, a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao governador Ibaneis Rocha (MDB).
Segundo o delegado Dário Taciano de Freitas Júnior, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), o engenheiro eletricista também é suspeito de “narrar um vídeo” em que manifestantes lançam fogos contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Renan Sena também foi indiciado, em 30 de maio, por injúria durante um ato de profissionais da saúde, na capital, no Dia do Trabalhador. À época, ele xingou enfermeiras que participavam da manifestação.
Fonte: com informações do G1, UOL, Folha
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