Força Aérea Brasileira desmente boatos sobre acidente aéreo que matou ministro do STF

SONY DSC

O jornalismo sofre a invasão dos que se dizem da área e os que não cumprem seus princípios básicos.
Leitores incautos, na busca de matérias sensacionalistas, são vítimas de boatos. Verdadeiros furos de reportagem com fontes inventadas que geram a desinformação. Estes ainda questionam: “Porque a mídia não fala disso?”
A resposta é: A mídia toma todo o cuidado com a verificação das fontes e do fato. O que não é oficial não deve ser divulgado, sob pena de cair no descrédito e enfrentar processos judiciais perfeitamente cabíveis.

Foi largamente divulgado o nome de um suposto 3º Sargento Marcondes que não existe nos quadros daquela unidade.

Vários blogs que se dizem portais de notícia e alguns “jornalistas” independentes levam a desinformação, colocando o verdadeiro JORNALISMO como supostos omissos que defendem interesses escusos. É lamentável que existam aqueles que replicam boatos e análises feitas por pessoal não habilitado para exercer a função.

Da mesma forma, embora o acidente tenha gerado todas as suspeitas de sabotagem, ele ainda é um acidente. Somente após as investigações e, se essas constatarem que não foi um simples acidente, pode-se então NOTICIAR o fato.

Celso Brasil
da Redação OEB

Segue o esclarecimento da FAB

O portal da FAB transcreve matéria do ESTADÃO, que relata motivos da alteração na operação de resgate do avião que vitimou o ministro Teori Zavascki.

Empresa particular fará resgate dos destroços do avião em Paraty

Retirada ficará a cargo do proprietário da aeronave, o grupo hoteleiro Emiliano; operação é complexa porque o local onde estão os destroços é muito raso

Fábio Grellet E Vinicius Neder

PARATY (RJ) e RIO – O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) informou neste sábado, 21, que a conclusão da operação para retirada do fundo do mar do avião bimotor que levava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto em acidente aéreo na última quinta-feira, 19, ficará a cargo do proprietário da aeronave, o grupo hoteleiro Emiliano. O empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do hotel, e mais três pessoas também morreram no acidente.

Uma empresa particular será responsável pelo resgate dos destroços do avião que caiu no mar, a menos de dois quilômetros de Paraty. O Cenipa, órgão da Aeronáutica responsável pela principal investigação sobre as causas do acidente, fez as primeiras intervenções e constatou que a operação de resgate será mais complexa do que se supunha.

“Nossa primeira missão sempre é resgatar as vítimas, o que concluímos ontem. A segunda prioridade é encontrar o gravador de voz, o que também já fizemos, e a terceira é estabilizar a aeronave, evitando que as condições para a retirada dela piorem”, contou o tenente-coronel aviador Edson Amorim Bezerra, responsável pela investigação sobre a queda desse avião.

Ele disse que ontem foram instaladas boias e, em seguida, amarrado o aparelho, que está ancorado. Por conta das bóias e do movimento da maré, neste sábado, o avião flutuou totalmente, perdendo o contato com o fundo do mar, de acordo com o Bezerra. “Durante essa operação verificamos que a retirada do avião será complexa, porque ele está num local muito raso, onde a profundidade é de apenas três metros”, afirmou.

Segundo Bezerra, se fosse uma operação simples, a própria Aeronáutica faria o resgate. “Poderíamos usar um navio que está perto e a Petrobras nos ofereceu, mas ele não chega no local onde o avião está, devido à profundidade. Nesses casos é preciso contratar uma empresa especializada, e cabe ao dono do avião arcar com o custo”, comentou.

A seguradora já contratou uma firma sediada no Rio, cujos agentes devem chegar a Paraty ainda na tarde deste sábado. A empresa vai estudar o caso, montar um plano de retirada que será submetido à Marinha e ao Cenipa e, então, o resgate será feito, segundo o responsável pela investigação.

Resgate. “Por enquanto a operação de resgate da aeronave está parada e não há prazo para que ela seja retomada. A retirada efetiva pode demorar dias. Enquanto isso, a Marinha vigia a área ao redor de onde o avião está e impede a navegação nesse trecho. Quando o avião for resgatado, será encaminhado para a Base Aérea do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro”, disse.

Segundo o tenente-coronel, o gravador que registra as conversas do piloto foi encaminhado para Brasília, onde seu conteúdo será analisado. Ele disse ainda não poder avaliar qual é a causa mais provável da queda. “Estamos numa etapa preliminar, seria muito prematuro dizer qualquer coisa”, afirmou.

A assessoria de imprensa do Cenipa informou que a remoção de destroços, no caso de acidentes aéreos, é sempre de responsabilidade do proprietário da aeronave.

Frequentemente, as equipes de investigação do órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB) ordenam aos proprietários que não comecem a operação de remoção antes das primeiras análises, pois a disposição dos destroços serve de indícios. Após as primeiras análises, a remoção pode ser feita, informou o Cenipa.

Matéria original de O ESTADO DE SÃO PAULO