Fim das restrições de viagens de cubanos pelo mar

Cuba Libre?
Sofrem mais um duro golpe, os frustrados pretensos ditadores latino americanos

Cuba pega uma carona na abertura que o capitalismo ofereceu e, até mesmo por questões de sobrevivência, começam a cumprir os acordos com os EUA
Embora não pareça, este acontecimento reforça a queda do comunismo bolivariano ou, “o grande exemplo da revolução cubana”, na qual inutilmente se embasaram aqueles que hoje sofrem a rejeição total de seus povos e, inclusive, impeachment

Cuba retira restrições para viagens de cubanos por via marítima

www.cubadebate.cu/AFP / OMARA GARCIA MEDEROS Presidente Raúl Castro em 18 de abril

O governo de Raúl Castro anunciou que nesta sexta-feira o fim das restrições para as viagens de cubanos por via marítima, vigente há décadas, uma proibição que mantinha em suspenso a retomada de cruzeiros entre os Estados Unidos e a ilha.

As medidas, que entrarão em vigor na próxima terça-feira, permitirão a entrada e saída de cubanos como passageiros e tripulantes de navios e cruzeiros, segundo uma nota oficial divulgado pelo jornal estatal Granma.

“O governo decidiu autorizar a entrada e saída de cidadãos cubanos, independente de sua condição migratória, na qualidade de passageiros e tripulantes de cruzeiro”, indicou o texto.

Cuba aceitou liberar as viagens marítimas como parte do processo de normalização das relações Estados Unidos iniciado em dezembro de 2014, e que alcançou seu máximo ponto com a histórica visita do presidente Barack Obama a Havana, em março.

Estas novas disposições, que se somam à retomada de voos comerciais entre os dois países -, permitirão em teoria destravar a anunciada retomada das viagens de cruzeiro.

“Histórica viagem” –

Após a decisão do governo cubano, a empresa americana Carnival confirmou nessa sexta-feira a “histórica viagem” de um cruzeiro de Miami para Cuba, o primeiro em meio século.

“A Carnival será capaz de viajar a ir e voltar de Cuba com passageiros que incluam pessoas nascidas em Cuba. Estamos muito orgulhosos de ser parte desta solução histórica”, disse em uma teleconferência o diretor da empresa, Arnold Donald.

Há uma semana a Carnival se encontrava em meio a uma turbulência política, por causa de protestos de cubano-americanos pela impossibilidade de poder comprar uma passagem de cruzeiro ao seu país de nascimento.

Com a onda de pressões, a Carnival chegou a anunciar que estava disposta a adiar seus cruzeiros a Cuba até que as autoridades em Havana eliminassem as restrições às pessoas nascidas em Cuba.

A suspensão anunciada pelo governo cubano, no entanto, permitiu à empresa retomar o plano previsto de iniciar seus cruzeiros a Cuba em 1º de maio.

CARNIVAL CRUISE LINES/AFP/Arquivos / Andy Newman (Arquivo) O cruzeiro Carnival Sunshine, da empresa americana Carnival, em um porto de Nova Orleans, no dia 18 de novembro de 2013

De acordo com Donald, os cubanos que emigraram para os Estados Unidos antes de 1º de janeiro de 1971 precisarão de um visto especial, e os que saíram do país após essa data poderão viajar com o passaporte cubano.

“Estas são as exigências para viajar por ar, e entendemos que as exigências para viajar em cruzeiro serão similares”, expressou o executivo.

“Temos certeza de que haverá pessoas nascidas em Cuba no cruzeiro, nessa primeira viagem”, acrescentou.

O navio Adonia (com capacidade para 704 passageiros) zarpará de Miami em 1º de maio, com paradas em Havana, Santiago de Cuba e Cienfuegos.

da Redação OEB
com Agência AFP