Enquanto a água não cai do céu, engenheiros e técnicos da Companhia de Saneamento do Paraná procuram por ela em toda parte. E nesta busca, contam com uma estrutura construída há mais de cem anos, um tipo de aqueduto, inaugurado em 1908, para levar água da Serra do Mar para Curitiba.
O sistema deixou de operar na década de 1950, quando a cidade passou a ser abastecida por grandes reservatórios. Hoje, como eles estão bem secos por causa da estiagem, a saída foi reativar essa tecnologia, que é simples e milenar.
Os engenheiros refizeram as antigas ligações de cinco pequenos reservatórios escondidos no meio da mata. A água que antes corria para o litoral do estado, agora foi canalizada para a capital.
Uma das menores barragens é chamada de caixa coletora. E dá para mostrar bem como funciona este sistema interligado. A água vem descendo, em um pequeno filete, e se junta a outro fluxo de água, que vem de outra caixa coletora, em uma galeria subterrânea, construída há mais de cem anos. Por estar no alto da Serra do Mar, pela força da gravidade, a água segue descendo e alimentando o sistema.
A água percorre cerca de 50 quilômetros, de uma das regiões mais preservadas da Mata Atlântica, até a maior barragem da região de Curitiba. São 40 litros de água por segundo, volume suficiente para abastecer 25 mil pessoas por dia
“Em uma situação normal seria pouco, mas nesse momento é valioso, essa quantidade é valiosa para nós. Toda essa soma representa manutenção da distribuição, da entrega da água para a população”, afirma Claudio Stabile, diretor-presidente da Sanepar.
Com o rodízio de abastecimento na região de Curitiba, o consumo caiu 11%. Agora, a meta é chegar a 20%, com a interrupção no fornecimento de água a cada 36 horas.
Da Redação OEB
Fonte: G1
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