Em 22 anos: Amazonas atinge número recorde de focos de queimadas

Enquanto o atual governo desmonta o combate à corrupção, também desarticula e burocratiza o combate às queimadas, e demorara mais de quatro meses para tomar as primeiras e ineficazes medidas efetivas.

O abandono dessa pauta tão importante é defendido com discursos, propagandas e informações mentirosas.

Enquanto isso, a ministra da Agricultura desinforma, afirmando que o boi é o bombeiro da floresta, fomentando o avanço da pecuária que destrói nossas florestas, em benefício de poucos inconsequentes que pressionam o governo para este avanço criminoso, obtendo todo apoio, a ponto do presidente defender a criminosa tese da ministra.

Em 2020, de janeiro até hoje, somam 15.701 focos de incêndio. O maior em 22 anos, desde o início da contagem, segundo levantamento feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

A repercussão internacional é das piores, já que os governos e investidores levam estes dados muito a sério em todas as operações internacionais.

A fuga de capitais também bate recordes e as queimadas são responsáveis por grande parte destas, pois demonstra irresponsabilidade e incapacidade governamental, refletindo diretamente na tão abalada economia brasileira.

O governo do Amazonas relatou à TV Globo que o aumento de focos de incêndio está relacionado diretamente com problemas fundiários no Estado.

Desafios que o Ministério do Meio Ambiente ignora, enquanto “deixa passar a boiada”.

Enquanto isso, o chefe do Ibama pede exoneração. Trata-se de um dos nomes fortes – José Carlos Mendes – que chefiava o Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate a incêndios florestais), principal órgão responsável pela política de combate a incêndios florestais, assumido há apenas um mês.

O Ibama não diz qual o motivo da exoneração, mas mensagens enviadas a colegas de trabalho informa que ele saiu por “motivo de força maior”.

O Ibama é o principal órgão do Governo Federal na preservação desta que é a maior floresta tropical do planeta e dados oficiais do órgão, obtidos pelo jornal “O Estado de São Paulo” informam que o quadro atual de agentes é 55% inferior ao de dez anos atrás. Hoje, o Ibama conta com apenas 591 agentes ambientais para combater o crime ambiental em todo o país, não somente na Amazônia.

O Ibama vive hoje seu maior desafio da história em relação ao número de fiscais.

Só em 2019, a redução do número de agentes de fiscalização ambiental foi de 24% sobre o ano anterior.

O quadro atual de servidores do Ibama, somando todas as suas áreas, somam 2.800 funcionários, contra 6.200 empregados, número que chegou em 2007.

Da Redação de O Estado Brasileiro
Edição: Celso Brasil
Fontes: Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – TV Globo e Estadão conteúdo