O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, afirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), poderá assumir a presidência do País, mesmo sendo réu na Operação Lava Jato.

Esta hipótese leva em conta a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff e a ausência do vice Michel Temer.

“Enquanto [Cunha estiver apenas] denunciado, não há esse impedimento. Se condenado, claro [que há]. Inclusive porque há perda de funções. Mas há outras pessoas que já tiveram denúncias recebidas do STF e continuam exercendo o mandato”, disse o ministro, na terça-feira (5), no no 7º Congresso de Pesquisa de Mercado e Opinião Pública, em São Paulo, segundo o Valor.”

Cunha é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é alvo de um pedido de afastamento do comando da Câmara e do cargo de presidente da Casa, protocolado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O Supremo analisa desde o fim do ano passado o pedido. Ainda não há data para julgamento.

Vale lembrar que se Cunha assumir a presidência, mesmo que por um período curto, poderá “desenterrar” muita sujeira e abrir, definitivamente, todo sigilo imposto por Dilma nas operações bilionárias com países onde imperam ditaduras simpáticas ao sistema que tentaram implantar e perpetuar no Brasil.

Até que não seria um mal negócio.

da Redação OEB
com revista Exame