Caros amigos
Compreendo e comungo das apreensões de todos os brasileiros de bem que só enxergam na intervenção militar a solução para os nossos problemas políticos.
Concordo que o impeachment pode ser a troca do “13” pelo “171”, e estou, como todos os que acreditam nos recursos da lei, preparado para continuar a luta, junto com os operadores da lei, como Sérgio Moro e sua equipe, e eliminar todos os “171” da política nacional. Vejo a derrocada do “13” apenas como uma das conquistas necessárias para que o Brasil se transforme no país que merecemos.
No cenário atual, com as instituições funcionando com respeito à independência entre os poderes, mesmo aparelhadas, não vejo, AINDA, a necessidade de interferir, pela força das armas, na vida nacional. Este é, e tem que ser, o último recurso da Nação e só deve ser empregado quando o mal que vier a causar for definitivamente menor do que o que pretender eliminar ou evitar.
Precisamos, de fato, mudar os rumos do Brasil, e principalmente a nós mesmos, de modo a que cheguemos ao dia em que “gangues criminosas” nunca mais sejam eleitas e recebam o aval da nossa irresponsabilidade política para roubar-nos e atentar contra a nossa liberdade!
Aos que só enxergam solução na repetição do movimento de 1964, assevero que as circunstâncias, hoje, são realmente outras e esta conclusão pode ser tirada pela simples leitura das páginas de 151 a 177 do ORVIL, disponível no site “A Verdade Sufocada”.
Quando afirmo que “nenhuma ditadura serve para o Brasil”, não estou aludindo ao sofisma de que o período de governos sob mando de militares teria sido um regime totalitário, pelo contrário, repudio esta versão facciosa da história, assim como repudio qualquer outra versão desse mal, como forma de corrigir aprendizados ou de demonstrar maturidade, porque ninguém aprende senão pelo estímulo da sua própria vontade de conhecer a verdade quando esta está colocada ao seu alcance
O último recurso, sem dúvidas, tem que ser deixado por último!
Mal comparando, uma intervenção armada na política é semelhante ao efeito do calor excessivo do braseiro sobre uma picanha, fica bonita por fora, mas crua por dentro, tem que voltar ao fogo depois do primeiro corte. O bom assador tem que saber o que está fazendo e ter paciência para esperar que a carne asse como um todo e que não precise, periodicamente, voltar ao fogo!
Gen Bda Paulo Chagas
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