Um assunto esquecido? Não!
Dívidas que, provavelmente, ficarão por isso mesmo, com contínuas ações para que sejam definitivamente “enterradas”.
A negada corrida para reeleição, como tudo que Bolsonaro nega, está em franco desenvolvimento, agora, trabalhando o Nordeste, seguindo a receita de Lula, seu apoiador ainda mais dedicado. Admiração reforçada pela indicação ao STF e a destruição de vários mecanismos anti-corrupção – uma pauta comum entre eles.
Os dez maiores devedores, exercendo atividade religiosa, somam 382,3 milhões de dívida, o que explica a pressão das igrejas no sentido de serem “perdoadas”, com a ajuda, é claro, daquele a quem interessa essa usina de votos para uma reeleição que tem seu interesse negado pelo mesmo.
A maior parte dos débitos estão ligados à contribuição previdenciária e que passam a ser isentas após a sanção da lei 14.057 que foi publicada no Diário Oficial da União.
A lista está disponível no site da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, lidada ao Ministério da Economia.
O milionário pastor Valdomiro Santiago, dono da Igreja Mundial do Poder de Deus e muito próximo a Bolsonaro, ocupa o segundo lugar nos débitos, somando os R$ 91,4 milhões, com R$ 55,5 milhões, somente de pendências referentes à contribuição tributária.
Segundo os dados, os 10 maiores no desfalque aos cofres públicos conta, entre tantos outros, com a Igreja Internacional da Graça de Deus (R$ 37,8 milhões), Associação Vitória em Cristo (R$ 35,9 milhões), Igreja Renascer em Cristo (R$ 33,4 milhões), Centro Islâmico Brasileiro (R$32,7 milhões), Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito dos Homens Pretos (R$ 18 milhões), Mosteiro de São Bento da Bahia (R$ 13,4 milhões) e Igreja da Lagoinha (R$ 10,1 milhões). O Centro Islâmico é o único devedor na lista dos 100 maiores devedores a não pertencer à matriz cristã.
A soma de toda a dívida de atividades religiosas com a Fazenda Nacional é de R$ 1,5 bilhão –apesar de mais de 8.800 empresas estarem listadas, apenas 39 devem mais de R$ 1 milhão. A lista inclui também atividades desenvolvidas por estas religiões, tais como serviços educacionais, de publicação de livros e gerenciamento de hospitais.
Bolsonaro vetou parte do perdão das dívidas das igrejas mas deixou público o “pedido” para que derrubassem o veto. Ele também indicou que apresentaria PEC sobre isenção tributária de igrejas, poderoso instrumento de arrecadação de votos.
Da Redação O Estado Brasileiro
Fonte: Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
Edição: Celso B. Rabelo
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