Descalabros putinianos: de Putin aos “putiniquins” daqui

Ylva Johansson, comissária europeia para Assuntos Internos, relata as graves e absurdas ocorrências contra mulheres e crianças ucranianas.

O “criminoso de guerra”, segundo o presidente americano Joe Biden, Vladimir Putin, nega qualquer ato criminoso, mas a verdade não pode ser escondida o tempo todo. Ela sempre vem à tona e a história o colocará como o protagonista desse fatídico capítulo, entre os piores autocratas do planeta.

A comissária europeia para Assuntos Internos , Ylva Johansson, fez uma importânte denúncia que estarreceu o mundo.

“A Rússia não está travando apenas uma guerra contra a Ucrânia. A Rússia faz guerra às mulheres. Há relatos crescentes e confiáveis ​​de soldados russos estuprando mulheres. Mulheres e meninas – de 10 anos a 78 anos. Estupro como arma de guerra. Violar os corpos das mulheres para quebrar o espírito de um povo (…). O estupro é um crime contra a mulher, um crime de guerra, um crime contra a humanidade.”

Ylva Johansson

Mulheres e meninas de 10 a 78 anos, ou seja, crianças, jovens, mães… que não conseguem fugir da estúpida guerra promovida pelo sanguinário Vladimir Putin, por absoluta impossibilidade, são reféns, pois os corredores humanitários prometidos, simplesmente são bloqueados, tornando a população civil prisioneira e condenada às maiores atrocidades, incluindo os abusos e morte.

Implantar o terror parece ser o que sacia a sede insana destes que jamais poderiam ter chegado no cargo que ocupam. São os terroristas que intranquilizam o planeta terra.

Enquanto isso, neste Brasil, já classificado como párea internacional, correntes lideradas pelos “putiniquins” – Bolsonaro e Lula, fecham os olhos para essa realidade absurda e exaltam Putin. O autocrata modelo que os inspiram.

O recente caso de abusos sexuais contra mulheres e crianças indígenas, mereceu o descaso por parte do governo brasileiro, embora a imprensa tenha divulgado largamente e cobrado as autoridades. Temos um ministério responsável pelos direitos humanos, das mulheres e idosos que permaneceu calado, sem qualquer palavra da ministra que nada viu, nada soube, talvez porque estivesse colhendo goiabas em sua milagrosa goiabeira. Da mesma forma, o chefe do Poder Executivo não citou o ocorrido em suas “lives” de desinformação. Agora mais ocupado em dividir o país e atacar a nossa fragilizada democracia.

A clã bolsonarista segue seu “mito”, colocando-se do lado agressor, exaltando o sanguinário e criando factóides para responsabilizar o país e o sofrido povo agredido, pelas consequências dessa injustificável guerra.

Lula, por sua vez, dá uma declaração absurda para a revista Time, que denegriu ainda mais a fragilizada imagem do Brasil em todo mundo, afirmando que se a Ucrânia tivesse negociado, nada disso ocorreria e que a Ucrânia é tão responsável quanto a Rússia.

O mundo civilizado e pensante, no entanto, busca apoiar a Ucrânia de todas as formas, tanto em ajuda humanitária quanto bélica, colocando a Rússia numa situação difícil, já enfrentando desabastecimento e crise profunda, graças as justas sanções impostas, com o objetivo de cessar este verdadeiro genocídio.

Putin tem o apoio, apenas de países liderados por autocratas e os aspirantes a tal, como os que lideram as pesquisas eleitorais no Brasil.

A Paz está cada dia mais distante da realidade e a situação criada por essa irresponsabilidade, reflete negativamente na economia mundial, afetando o desgovernado Brasil de forma mais grave, com sua economia à deriva, seu bioma sendo destruído e a saúde em situação precária, além de muitos outros desafios que não contam com atenção governamental que, por sua vez, preocupa-se com o desmantelamento da democracia e ameaças ao sistema eleitoral, contando, agora, com uma ala irresponsável e insana das contaminadas Forças Armadas. Essa que já foi a Instituição mais respeitada da Nação, antes de colocarmos o elemento que agora aturamos no posto mais alto do poder, sujeitando-nos ao continuismo do status quo, mesmo que se troque o elemento em questão, se as pesquisas eleitorais se confirmarem no próximo mes de outubro.

Celso Rabelo
Jornalista e Escritor