Deputados venezuelanos acorrentados no CNE
Maduro enfrenta a oposição que considerava estar controlada e fora de combate
Sua situação acompanha a mesma de todos os que tentaram impor o torpe regime na América Latina que, tendo Cuba como referência, “perderam o norte” com as recentes mudanças políticas que, até mesmo a ilha de Fidel sofreu, passando por uma abertura que deve evoluir rapidamente, sem caminho de volta
Deputados venezuelanos se acorrentam no CNE para exigir referendo revogatório
Um grupo de deputados opositores se acorrentou nesta quinta-feira na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela para exigir a ativação do referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.
Sete legisladores entraram na sede do CNE em Caracas e durante duas horas ficaram acorrentados à escada que leva ao gabinete da presidente do organismo, Tibisay Lucena, constatou a AFP no local.
Os parlamentares foram retirados do local por agentes da Guarda Nacional, em meio aos gritos a favor do referendo e de palavras de ordem de militantes chavistas que permaneciam nos arredores do prédio.
“Não estamos pedindo nada que não esteja previsto na Constituição”, disse a deputada Beatriz Martínez ao lado de companheiros do Primeiro Justiça, partido do governador e ex-candidato presidencial Henrique Capriles.
A dirigente assinalou que o CNE se comprometeu a entregar, na quarta-feira, os formulários para o recolhimento das 200 mil assinaturas necessárias para a ativação do referendo contra Maduro.
A CNE alega que os solicitantes da consulta não cumpriram com todos os requisitos.
Diante da sede da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Caracas, cinco estudantes universitários iniciaram nesta quinta-feira uma greve de fome para pressionar o CNE a entregar os formulários.
“Permaneceremos em greve de fome até a entrega dos formulários”, disse à AFP Ánderson Yulians, estudante de direito de 24 anos.
A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que controla o Parlamento, promove o referendo junto com uma emenda constitucional para reduzir o mandato de Maduro de seis para quatro anos.
Para convocar o referendo são necessárias quatro milhões de assinaturas, e para revogar o mandato de Maduro, cerca de 7,5 milhões de votos.
da Redação OEB
com Agência AFP
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