De mãos atadas

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Bolsonaro é o que se pode chamar de esquizofrenizante. Cria um ambiente extremamente difícil no país e diverte-se com isso! É um fazedor de loucos. Só ver seus filhos como são comprometidos, cada qual a seu modo.  E  muito comprometidos! 

Ninguém em sã consciência (e me refiro aos “neuróticos normais”),  consegue ficar sem se sentir afetado pela personalidade deste homem.

Não é fácil para cada um de nós o que estamos a vivenciar, pois é  frequente nos desestabilizamos de uma forma assustadora. Ninguém consegue levar uma vida normal com esse grau de toxidade! 

E para agravar há a pandemia que nos amarra as mãos e nos torna impotentes para demonstramos nossa repulsa e indignação. 

Não podemos sair às ruas e não encontramos meios de protestar, de extravasar nossa raiva! Sequer bater panelas como estivemos fazendo antes, estamos fazendo agora. 

É isso que esse tipo de personalidade provoca:  a rendição. Sim, estamos rendidos, apáticos, sem ação. 

Nesse sentido é que admirei Doria mesmo não tendo votado nele. Foi o único capaz de ter alguma reação e desafiar Bolsonaro. E  foi o único capaz de trazer alguma esperança e a sensação de que não estamos sós. 

Isso porque  os demais governadores se sentem igualmente mal mas talvez não tenham as mesmas condições que Doria teve, um tanto pela personalidade mais arrogante e outro tanto por governar o estado mais rico da federação. Pode assim ser menos dependente do governo central. 

A vacina será de fato nossa libertação. Só espero que a estratégia de Doria e do Dr. Dimas Covas esteja no caminho certo e que dia 23 possamos  ter uma boa noticia sobre o imunizante Coronavac da Sinotec em parceria com o Butantan. Nem Doria nem o Butantan deixarão de atender o resto do país. Oxalá e oremos!

Eliana França Leme
Psicóloga e Colunista