Lava Jato denuncia Gim Argello, Delúbio e Odebrecht
Nesta sexta-feira (6), MPF apresenta novas denúncias ligadas à Lava Jato.
Empresário Ronan Pinto e mais 16 suspeitos também foram denunciados.
No final, informaram que não haveria entrevista coletiva
Marcelo Odebrecht, Marcos Valério, Delubio Soares, Gim Argello e mais 16 foram denunciados
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta sexta-feira (6), em Curitiba, o ex-senador Gim Argello, o empresário Ronan Maria Pinto, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Delúbio Soares e nomes ligados às maiores empreiteiras do país como Marcelo Bahia Odebrecht e Léo Pinheiros, da OAS, por suposto envolvimento em crimes investigados pela Operação Lava Jato.
São duas novas denúncias relacionadas os esquema de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras que atingem 20 suspeitos.
O coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, afirmou que juntas as denuncias trazem R$ 30 milhões em corrupção, R$ 5 milhões em concussão e mais R$ 13,7 milhões e € 200 mil em lavagem de dinheiro.
Cabe ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Lava Jato, aceitar ou não as denúncias. Caso isso ocorra, todos se tornam réus.
Na primeira, que engloba Argello, o ex-senador deve responder por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e obstrução à investigação. O MPF pede confisco de R$ 7,5 milhões, € 200 mil mais R$ 70 milhões, correspondentes ao dobro da propina exigida.
Mais dez pessoas foram denúnciados, incluindo, nomes ligados às maiores empreiteiras do Brasil como Odebrecht e OAS.
Denunciados
Jorge Afonso Argello (Gim Argello) – ex-senador pelo PTB – corrupção passiva, concussão, lavagem de capitais, organização criminosa, obstrução à investigação
Jorge Afonso Argello Junior – filho do ex-senador – corrupção passiva, lavagem de capitais
Paulo César Roxo Ramos – assessor do ex-senador – corrupção passiva, concussão, lavagem de capitais, obstrução à investigação
Valério Neves Campos – ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal – corrupção passiva, concussão, lavagem de capitais, obstrução à investigação
José Aldemário Pinheiro Filho – ex-presidente da construtora OAS – corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais, obstrução à investigação
Roberto Zardi Ferreira – diretor de Relações Institucionais da OAS – corrupção ativa, lavagem de capitais, obstrução à investigação
Dilson de Cerqueira Paiva Filho – executivo ligado à OAS – corrupção ativa, lavagem de capitais, obstrução à investigação
Ricardo Ribeiro Pessoa – dono da construtora UTC – corrupção ativa, lavagem de capitais, obstrução à investigação
Walmir Pinheiro Santana – ex-diretor financeiro da UTC – corrupção ativa, lavagem de capitais, obstrução à investigação
Marcelo Bahia Odebrecht – ex-presidente do Grupo Odebrecht – corrupção ativa, lavagem de capitais, obstrução à investigação
Claudio Melo Filho – funcionário da Odebrecht – corrupção ativa, lavagem de capitais, obstrução à investigação
O nome de Gim Argello apareceu nas delações do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que está em prisão domiciliar, e do dono da UTC, Ricardo Pessoa. O ex-senador foi preso durante a 28ª fase da Lava Jato e indiciado pela Polícia Federal pelo crime de corrupção.
28ª FASE DA LAVA JATO
Ação prendeu o ex-senador Gim Argello.