Cardozo cometeu crime de responsabilidade e sofre sindicância
A inversão de papeis cometida por José Eduardo Cardoso, quando Advogado Geral da União, defendendo a presidente afastada Dilma Rousseff em prejuízo da União, será objeto de sindicância sob a acusação de crime de responsabilidade.
Cardozo cometeu, sim, crime pela inversão de papéis (prática usual no PT), pois deveria ter assumido a posição exatamente contrária. Defendeu a acusada e deixou a União sem um representante na AGU no momento mais crítico da Nação.
Além disso, tentou travar o processo de impeachment através de recursos infundados, tomou tempo da comissão, perturbou a imensa maioria do congresso com seus discursos repetitivos, tentando convencer a todos com argumentos totalmente contrários à realidade e o mais grave – defendeu a tese do “golpe”. Suas “fundamentações” não obteriam êxito, sequer, com o mais leigo dos brasileiros e conseguiu apoio somente daqueles que fazem parte da mesma facção, no desespero natural dos que também serão condenados pelos inúmeros crimes que cometeram e estão sendo acusados.
Da mesma forma, Dilma responderá ao Supremo Tribunal Federal, pois já foi notificada, pelo seu discurso de “golpe”.
Fábio Medina Osório, o novo advogado-geral da União, tomou uma decisão acertada ao abrir a sindicância contra seu antecessor, no intuito de recuperar a imagem da AGU, seriamente afetada pelos atos deste que, agora, responderá pelo crime de responsabilidade que cometeu.
Governo abre sindicância para investigar conduta de Cardozo no processo de impeachment
Ao defender a tese de golpe de Estado contra Dilma Rousseff, ex-ministro cometeu crime de responsabilidade, avalia novo advogado-geral da União
Por: Robson Bonin
Principal defensor da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, o ex-ministro José Eduardo Cardozo é formalmente investigado pelo governo do presidente interino Michel Temer. Na última quarta-feira (18), o novo advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, que substituiu Cardozo no cargo, determinou a abertura de uma sindicância para apurar os atos do antecessor.
O principal argumento para a abertura da investigação é o fato de Cardozo ter sustentado formalmente perante o Congresso e o Judiciário a tese de que a presidente Dilma Rousseff estava sendo alvo de um golpe de Estado. Como a AGU tem entre as suas atribuições representar os interesses do Legislativo e do próprio Judiciário, na avaliação de Medina Osório, Cardozo jamais poderia ter usado o cargo para atentar contra a imagem dos poderes constituídos, acusando-os de participarem de uma conspirata contra o chefe do Executivo.
“A defesa de Cardozo foi criminosa. Esse discurso jamais poderia ter sido feito por um advogado da União. Ele acabou com a dignidade do órgão e cometeu crime de responsabilidade ao forjar o discurso do golpe”, diz Medina Osório.
Determinada a abertura da sindicância, os integrantes da comissão vão intimar formalmente Cardozo a apresentar defesa sobre os fatos investigados. O ex-ministro petista, que ainda atua como advogado da presidente Dilma Rousseff no processo que tramita no Senado, terá de prestar depoimento aos investigadores e poderá até ser alvo de ação por improbidade administrativa, ficando proibido de voltar a exercer cargos públicos.
Durante todo o período em que exerceu o cargo de advogado-geral da União, Cardozo ainda teria ignorado a agenda do órgão e concentrado seu trabalho apenas em defender a presidente.
Leia abaixo memorando da Advocacia-Geral da União: