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A corrupção parece triunfar novamente como ‘cupim da República’.
Luiz Edson Fachin
Lula voltará fortalecido graças a Bolsonaro.

O presidente Bolsonaro aparelhou a área judicial com petistas que desconstruirão todo o trabalho da Lava Jato e o primeiro a ser totalmente inocentado é o ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva, com o voto decisivo de Kassio Nunes Marques.
Com PGR petista e o STF dominado pelo mesmo partido, graças ao esforço de Bolsonaro, Lula se garante e prepara-se para a volta ao cenário político, com muito mais força, porque, enfim, “prova que foi injustamente condenado“.
Com essa argumentação, o grande líder do PT “levanta a galera” e vai pra luta, com seu “exército” muito mais fortalecido. E com mais petistas espalhados pelo judiciário, do que podia contar antes, afinal, o trabalho do atual presidente foi exemplar neste sentido.
Com isso, o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, diz que a corrupção parece triunfar novamente como ‘cupim da República’, referindo-se ao voto decisivo sobre parcialidade de Moro na condenação de Lula, que deverá ser do ministro Nunes Marques.

E acrescenta o Ministro
“Se, após trinta anos de Constituição, a democracia brasileira evidencia crise, é também porque faltou (e ainda falta) ao poder público dar respostas aos crimes impunes: mostrar o que de fato aconteceu e responsabilizar as condutas desviantes”, disse Fachin à reportagem do Estadão, em nota enviada pelo seu gabinete. “É possível (e necessário) na democracia apurar e (quando couber) punir a corrupção. Com ‘nojo da ditadura’, como afirmou Ulysses Guimarães, os males da corrupção devem ser enfrentados dentro da proteção da legalidade constitucional”
“A questão não se circunscreve a um julgamento, ainda a ser concluído. Ocorre que o sistema de justiça criminal no Brasil é mesmo injusto e seletivo. Acolá e aqui estão ressurgindo casos clássicos de corrupção. A corrupção parece triunfar novamente como ‘cupim da República’, agravando a seletividade e a exclusão social. Como advertia Ulysses no discurso da promulgação, ‘a República suja pela corrupção impune tomba nas mãos de demagogos que a pretexto de salvá-la a tiranizam'”
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Fachin já votou para rejeitar o habeas corpus movido pela defesa do petista, mas ainda faltam os votos de Nunes Marques, Ricardo Lewandowski e do presidente da Segunda Turma, Gilmar Mendes. Foi Gilmar quem pediu vista (mais tempo para análise) no início do julgamento do caso há dois anos. A expectativa é a de que a discussão do processo seja concluída neste semestre.

Nunes Marques já se alinhou a Gilmar e Lewandowski para impor reveses à Lava Jato na Segunda Turma. Com o apoio dele, o colegiado arquivou inquérito contra o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE), determinou a soltura de um promotor denunciado por corrupção e manteve a decisão de retirar a delação de Palocci da ação penal sobre o Instituto Lula.
O presidente da República, por sua vez, é investigado no STF em inquérito que apura interferência indevida na Polícia Federal. Bolsonaro reagiu na última quarta-feira com xingamentos à imprensa às críticas pelo gasto de R$ 15 milhões com leite condensado por órgãos da administração federal no ano passado. A compra levou parlamentares da oposição a pedirem ao Tribunal de Contas da União (TCU) a abertura de uma investigação sobre as compras do Executivo.
“A ninguém se pode negar um julgamento justo e imparcial. Essa é uma garantia do Estado de Direito democrático. Cabe ao colegiado, onde há debates e eventuais dissensos, contrabalançar direitos e integridade pública, bem como enfrentar eventuais erros com justiça e espírito público. Não devemos nos conformar com respostas fáceis que ora atribuem culpa ao mensageiro, ora normalizam o desvio”, acrescentou Fachin.
A resistência do Supremo
Fachin também é vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde tem sido visto por aliados de Bolsonaro como um dos expoentes da ala “punitivista” e o maior foco de resistência ao chefe do Executivo no tribunal.
Em 2018, o ministro pediu vista no julgamento de uma ação considerada menos complexa, que investigava suposto abuso do poder econômico por parte de Luciano Hang, que teria coagido seus funcionários a votarem no então candidato do PSL.
Fachin acabou concordando com os colegas pelo arquivamento do caso, mas o pedido de vista foi interpretado por auxiliares de Bolsonaro como uma tentativa de revirar a ação para ver se achava algo. O ministro também liderou a corrente de votos que determinou a realização de uma perícia para apurar o ataque cibernético ao grupo “Mulheres unidas contra Bolsonaro”.
No início deste mês, veio de Fachin a reação mais contundente no Poder Judiciário contra a invasão do Capitólio e em defesa da Justiça Eleitoral brasileira. “A violência cometida, nesse início de 2021, contra o Congresso norte-americano deve colocar em alerta a democracia brasileira. Na truculência da invasão do Capitólio, a sociedade e o próprio Estado parecem se desalojar de uma região civilizatória para habitar um proposital terreno da barbárie”, afirmou o ministro, em nota divulgada à imprensa.
O vice-presidente do TSE destacou na ocasião que, em outubro de 2022, o Brasil irá às urnas nas eleições presidenciais, seguindo as regras estabelecidas pela Constituição que preveem a realização de eleições periódicas. “Quem desestabiliza a renovação do poder ou que falsamente confronte a integridade das eleições deve ser responsabilizado em um processo público e transparente. A democracia não tem lugar para os que dela abusam”, afirmou Fachin.
O recado foi interpretado por colegas de Fachin como uma resposta aos sucessivos ataques que Bolsonaro tem feito à credibilidade da Justiça Eleitoral e do sistema eletrônico de votação adotado no País.
Como Bolsonaro segue exatamente todos os passos de Dolnald Trump e reforçou isso ao dizer que “em 2022 aqui será pior…”, referindo-se ao ataque terrorista criminoso ao Capitólio, qualquer analista pode concluir que ele é capaz de tudo, levando-se em conta seu histórico.
O fato é que, cada vez mais, a prova da existência do BolsoPetismo se consolida, mostrando sinais claros da dança das tesouras.
Da Redação O Estado Brasileiro
Fonte referência: matéria conteúdo Estadão
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