Bolsonaro prometeu, cumpriu e ninguém reagiu até agora

Os bolsonaristas radicais festejam o fato do “mito” ter cumprido a promessa feita publicamente no último dia sete de setembro, quando estava anunciado, para o “cercadinho”, um golpe de Estado, com a tomada do poder através de uma intervenção militar com ele no comando.
Ele afirmou que não cumpriria qualquer ordem do STF vinda de Alexandre de Moraes.

Os aliados de Jair Bolsonaro estão aconselhando o mesmo a não atacar diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator de quatro dos cinco inquéritos contra ele.

No último sábado (29), o presidente falou sobre não ter obedecido a ordem de prestar depoimento no caso que investiga um suposto vazamento de documentos sigilosos.

Um dia depois de não comparecer para prestar depoimento sobre uma investigação que apura o vazamento de documentos sigilosos durante uma transmissão ao vivo, Jair Bolsonaro (PL) ao ser questionado sobre o assunto neste sábado (29), desconversou e disse que “está tudo em paz”.

Bolsonaro falou sobre o assunto durante um passeio na feira da Catedral Metropolitana de Brasília. Questionado se faria algum comentário sobre sua ausência no depoimento à Polícia Federal, o presidente descfonversou e não quis responder.

Na primeira vez, sugeriu outros temas.

Na segunda, esquivou-se novamente. Apenas na terceira ocasião em que foi indagado se queria se pronunciar, ele respondeu de maneira mais direta. “Não, não, tá tudo em paz, tudo tranquilo, aí, tá ok?”, respondeu.

Essa sandice tinha o apoio de muitos que o cercam e em todos os grupos bolsonaristas só se esperava isso.

Qual foi a promessa cumprida?

A promessa feita publicamente no último dia sete de setembro, na Avenida Paulista, quando estava anunciado, para o “cercadinho”, um golpe de Estado, com a tomada do poder através de uma intervenção militar com ele no comando.

Na ocasião, Bolsonaro afirmou que não cumpriria nenhuma ordem do Supremo Tribunal Federal, emitida pelo Ministro Alexandre de Moraes.

E assim aconteceu, quando se negou a comparecer e o fez, com toda a tranquilidade de quem sabe que nada aconteceria de punição.

O ministro Luiz Fux (STF)

Neste primeiro de fevereiro, o presidente do STF, Luiz Fux, deu um recado duro ao presidente, se citá-lo, com equilíbrio e educação, porém, direto e claro, no que diz respeito às ameaças à Democracia.

Fux disse que não há mais espaços para ações contra o regime democrático e para violência contra as instituições públicas.

Para bom entendedor, meia palavra basta.

O Ministro Alexandre de Moraes já falou e reiterou várias vezes, em discurso e entrevistas, que não haverá tolerância para as arbitrariedades, sempre direcionando, sem citar nomes, ao atual presidente.

Portanto, o ano de 2022 promete muitas surpresas e capítulos que, certamente, ficarão na história da resistente Democracia brasileira.

Da Redação O Estado Brasileiro
Edição: Celso Rabelo

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