Bolsonaro insiste na ideia de demitir o diretor-geral da Polícia Federal e a permanência do ministro da Justiça, Sérgio Moro, no governo é muito improvável. Delegados e agentes da PF afirmaram que seguem em alerta sobre a possibilidade de que a demissão de Valeixo ocorra até mesmo nesta sexta-feira. Se ele sair, Moro pode pedir demissão.
“É o momento ideal. As pessoas estão preocupadas se vão viver, se vão voltar a trabalhar, se vão comer, não estão pensando no comando da PF”, disse um experiente delegado da corporação, contrário à demissão.
Juízes federais, amigos de Moro, dizem que ele está no limite e que não quer manchar a biografia.
Acham que ele poderia aguentar um pouco mais. Mas ninguém sabe se resistirá.
“Bolsonaro não tem condições de demitir Moro”, avaliou uma liderança da Câmara dos Deputados sobre o ministro ser uma referência anti corrupção e que sua saída traria sequelas ao bolsonarismo.
Perder Sérgio Moro, no mesmo momento em que se alia e concede cargos a condenados e investigados, fará com que os seguidores do bolsonarismo se resuma, apenas, aos poucos radicais que se mostram agressivos nas redes sociais e nas ruas, em plena pandemia. Os mesmos que ainda negam e desafiam o vírus.
Você precisa fazer login para comentar.