As coisas que Bolsonaro diz… por Deus, são tão infames!

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Mais do que infames. São carregadas de ódio pelo próximo que, infelizmente, depende de suas ações como presidente.

Uma dessas infâmias é afirmar que a ajuda aos mais pobres não deveria continuar porque tira dos que produzem para dar aos que se acomodam. Não foi exatamente com essas palavras mas foi esse o sentido de sua fala.

Enfim, para ele, os miseráveis que vivem na mais perversa e sofrida pobreza, o fazem por gosto. Adoram ser pobres, viver dos lixões, gostam de ver suas crianças passando fome, ou adoram morar em casebres de madeira nas encostas de morros barrentos porque fizeram uma opção pelo sofrimento.

De fato, Bolsonaro é todo permeado pela pulsão de morte, pelo desejo de destruição, pelo ódio, pela inveja, até de si mesmo porque sabe que no fundo chegou lá sem merecer, unicamente por circunstâncias especiais.

Simbolicamente, a facada foi uma delas. Isso o exaspera porque não foi eleito pela admiração que um ser digno inspira, mas exatamente pelo oposto: pelo seu desprezo pelas qualidades humanas e pela ausência do desejo genuíno de fazer o bem. Foi eleito por vingança contra o PT e contra toda sorte de gente identificada como “comunistas” .

Mas até essa vitória de Pirro ele faz questão de detonar. E, se encontra seguidores que ainda vivem em antagonismo com o resto do mundo, é por terem dentro de si, o mesmo impulso pela destrutividade e até por crueldade, mesmo que inconsciente.

É estranho, porque vivem descolados da realidade, como se vivessem num mundo paralelo ou numa redoma de vidro incomunicáveis com a vida do lado de fora.

Vivem como se a vida real os ofuscasse insuportavelmente mas pondo luz onde poderiam enxergar o que não querem ver, aquilo que os incomoda e perturba consideravelmente. Ou são os ameaçadores
“comunistas”, ora são os gays, ora são as minorias e a luta pelos direitos humanos, ora são os pobres sentidos como invejosos de seus privilégios e todos os que os querem defender e proteger. Ora são os negros que, segundo eles, já dispõem de regalias demais como as cotas em universidades e outras instituições!

Odeiam os que aceitam conviver com os contrastes, sem receio, buscando ver como se pode consertar as injustiças que não aceitam como normais. Têm aflição dos que querem que todos vivam bem, com dignidade, sem medo de perderem nada do que lhes pertence. Odeiam aceitar a ideia de que todos importam porque só eles importam. O mundo deles é ” umbigocêntrico”… rsrsrs

Mas como essa gente mesquinha cansa, que vida pobre eles levam! E, com que frequência nos xingam porque não negamos o perigo que a pandemia representa e os cuidados que tomamos com o nosso instinto de vida e desejo de sobreviver de acordo com a Ciência.

Bolsonaro enfim, representa tudo isso: a pequenez, a mediocridade, o preconceito, o egoismo e o ataque a todos que aceitam a realidade e a verdade da vida mas que, apesar de tantas dificuldades, carregam dentro de si a esperanca e o desejo profundo de viver num mundo melhor, mais solidário, mais amoroso, mais comunitário, unido, mais feliz enfim. Por que não?

Parafraseando Sir Bernard Shaw: “Você vê coisas e diz: por quê? Mas eu sonho com coisas que nunca existiram e digo: por que não?”

E ele diz ainda: “O castigo do mentiroso, além de ninguém acreditar nele, é ele não poder mais acreditar nos outros”.

Eliana França Leme
Colunista