Alerta vermelho: Mutação do COVID-19 se espalha e chega a doze países da Europa

O Planeta Terra em alerta total com o vírus mutante

Enquanto isso, a onda negacionista continua sendo promovida no Brasil, com a agravante da politização, por parte do Governo Federal, que ameaça a restrição na compra de vacinas a serem aprovadas nos próximos meses.

Quanto a Europa, pesquisadores acreditam que a expansão da variante foi facilitada pelo afrouxamento das restrições a viagens e medidas de distanciamento social no verão.

A variante do novo coronavírus surgiu no início do verão europeu e se espalhou para diversos países do continente. A descoberta foi constatada por pesquisadores da Universidade de Basel, na Suíça, e Universidade de Valência, na Espanha.

A sequência encontrada, nomeada como 20A.EU1, pode ter aparecido inicialmente na Espanha, em meados de junho, entre trabalhadores agrícolas do nordeste, e agora compreende por 80% das sequências genéticas dos casos novos do país.

No total, doze países europeus, como Suíça, Irlanda e Reino Unido, observaram a presença do vírus desde julho. Entretanto, outras centenas de variantes da Covid-19 poderiam estar circulando pelo continente, o que explicaria o surgimento da segunda onda e dos novos casos que estão sendo observados nas últimas semanas. 

De acordo com o estudo, ainda não é possível dizer se a disseminação do vírus através de turistas seria suficiente para o rápido aumento de casos em vários países, ou se a nova mutação tem uma transmissibilidade maior.

A palavra dos pesquisadores

“Podemos ver que o vírus foi introduzido várias vezes em vários países e muitas dessas introduções se espalharam pela população”, diz a professora Tanja Stadler da ETH Zürich, uma das principais investigadoras do estudo, “Isso não é uma caso de uma introdução simplesmente dando certo. ”

Para analisar e rastrear os genomas do vírus, os pesquisadores coletaram amostras de pacientes infectados pela Covid-19 em diferentes países da Europa. Hoje, a mutação está presente em 90% das sequências genéticas no Reino Unido, 60% das sequências da Irlanda e entre 30 e 40% das sequências na Suíça e na Holanda. 

Os autores do estudo destacam a importância de avaliar como os controles de fronteira e as restrições de viagem funcionaram para conter as transmissões SARS-CoV-2 durante o verão e o papel que essas viagens tiveram. 

Os pesquisadores ainda avaliam se a nova mutação poderia implicar em variantes clínicas, e como o fenótipo do vírus Cov-2 foi impactado. 

França e Espanha ultrapassaram a marca de 1 milhão de casos confirmados da Covid-19 em apenas uma semana. O Reino Unido também se aproxima do número, com 945.384 casos.

Nesta quarta-feira, 28, os chefes de Estado da França e da Alemanha anunciaram a retomada de lockdowns para conter o avanço da segunda onda de Covid-19. As restrições começarão a partir da semana que vem.

O secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, afirmou nesta quinta-feira, 29, que os novos lockdowns implementados para combater a segunda onda da covid devem trazer um “grande impacto” para as economias ao redor do mundo.

“Estamos vendo os novos casos na Europa e nos Estados Unidos, mas ainda não sabemos o tamanho do impacto. Obviamente, será negativo”, disse ele, em coletiva de imprensa.

Segundo Gurría, o impacto da segunda onda vai depender da duração da escalada dos casos e ainda de uma vacina.

No mês passado, a OCDE havia melhorado suas projeções para a economia global. Passou de uma queda de 6,0% para uma retração de 4,5%, conforme lembrou Gurría.

Em seu discurso, Gurría afirmou ainda que a pandemia causou uma situação econômica terrível, com consequências nos campos sociais, impactando a vida de mulheres e crianças.

Segundo analistas, no Brasil será apenas uma questão de tempo. Um curto espaço de tempo.

Da Redação O Estado Brasileiro
Fonte: CNN – OCDE