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Domingo, dia 17/01, foi um dia verdadeiramente histórico: primeiro porque a vacinação no Brasil foi iniciada. E segundo porque a vacina representa a vitória da Ciência sobre o negacionismo dos perversos, dos que fazem a opção pela morte ao invés da vida, dos que colocam suas crenças ideológicas acima da verdade, recheadas de distorções da realidade para capturar o medo, sempre infundado, de grupo de pessoas que se sentem ameaçadas por fantasmas cuja existência é fruto de medos antigos nunca resolvidos ou elaborados internamente.
Suas crenças se tornam crendices, como acreditar em saci pererê ou no bicho papão com novas roupagens, uma delas, o medo de um “comunismo” que já morreu.
Para eles o mundo não gira, porque a Terra é plana e com isso o tempo não passa.
Enfim… doenças desse tipo não se curam com racionalidade mas com a visão de imagens que são mais fortes que seus medos mais profundos.
Dessa forma, fica difícil negar a asfixia de centenas de manauaras contaminados por Covid mesmo que o “sapo cururu” surja com caixas e caixas de hidróxicloroquina dizendo que é o remédio que cura porque não cura, mas mata.
Aí está o Dr Wong, prestigiado médico defensor desses medicamentos inócuos para a Covid mas prejudiciais à saúde quando tomados sem necessidade. Vários desses defensores estão morrendo.
É assim, e só assim, que os negacionistas se calam. Também se calam depois da mortandade após terem incentivado a luta contra o isolamento e contra o uso de máscaras e a favor de aglomerações. Diante do horror que todos testemunhamos, fica difícil defender o indefensável.
Tudo isso, entretanto, poderia ser facilmente combatido, caso não houvesse no poder uma família de arautos da morte que adoram matar, que sentem um prazer mórbido e orgástico com o sofrimento dos brasileiros.
É o sadismo na sua forma mais primitiva e pura.
Foi a vitória contra esses seres malignos que ocorreu com a aprovação da vacina pela Anvisa e que não era sem tempo.
A luta foi imensa, como a de Davi contra Golias. Parecia impossível que a vacina que tem o poder de dominar o terrível vírus saísse vitoriosa, tal a sensação de impotência que se abatia sobre tantos!
Agora, porém, falta ganhar a guerra que acaba quando este ser das trevas que nos impôs o horror do atraso e da falta de perspectiva, do autoritarismo, da impunidade, seja dominado de vez sendo expurgado da nossas vistas e do cenário nacional junto com seus ruinosos asceclas.
Mas isso só acontecerá com a garra com que chegamos até aqui, sem cessar mesmo que muitas vezes exaustos emocionalmente.
Sigamos em frente, meus amigos, porque ainda temos um árduo caminho a percorrer. Mas com uma diferença: agora já visualizamos o horizonte pois uma luz surgiu para os que têm força de vida e desejo profundo de viver num país bom e belo e que é nosso. Sim, a bandeira também é nossa e é preciso resgatá-la o mais depressa possível antes que seja tão danificada que dela não sobre mais nada!
Continuemos na luta pois. Não estamos sozinhos. Muitos estão se juntando e numa só voz vamos caminhar rumo à vitória.
Eliana França Leme
Psicóloga e Colunista
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